Ricardo Darin e Javier Camara no filme "TRUMAN"
Lançado nos cinemas brasileiros em abril de 2016, "Truman" (Espanha/Argentina, 2015), filme dirigido pelo espanhol Cesc Gay, foi um sucesso de bilheteria que acertou em cheio o gosto dos fãs de Ricardo Darín, um dos maiores atores da atualidade, dono de talento e carisma muito singulares (sem falar naquele par de olhos azuis!). Com uma trama comovente e ao mesmo tempo repleta de humor, o filme conta também com a sensacional atuação de Javier Cámara, um dos grandes nomes do atual cinema espanhol. E como "ator" coadjuvante tem ainda um cão muito fofo, da raça Bullmastiff, que é o tal Truman do título. E os motivos que fizeram desse despretensioso filme um cult tão cativante não são poucos. O crítico de cinema Marcelo Forlani, em texto publicado no site Omelete, o descreveu com as palavras mais acertadas: "Um belo ensaio sobre solidão, amor, amizade e despedidas, 'Truman' é um belíssimo filme". Para saber mais, leia abaixo o texto completo de Marcelo Forlani. E para (re)ver "Truman" basta ir ao streaming À La Carte, que, aliás, reúne outros ótimos filmes com o guapo Ricardo Darín.
Truman | Crítica
Ricardo Darín comanda co-produção entre Espanha e Argentina que faz rir e chorar com mesma facilidade
Por Marcelo Forlani
Ricardo Darin em "TRUMAN"
Apesar do rosto de Ricardo Darín em destaque no pôster de Truman (2015), não é o ator argentino que empresta o nome de seu personagem ao longa do espanhol Cesc Gay. Truman é, na verdade, o nome de seu cachorro, elemento central que servirá de fio condutor à trama - o McGuffin tão caro ao Hitchcock.
Desde o momento em que Tomás (Javier Cámara) viaja do Canadá para a Espanha para visitar seu amigo Julian (Darin), o que se vê na tela é um filme que segue a cartilha dos projetos independentes de comédia dramática com pitadas de bromance (a relação heteroafetiva entre dois amigos).
Ricardo Darin e Javier Camara no filme "TRUMAN"
Durante os quatro dias que passam juntos na Europa, os dois levam o tal cão para conhecer pessoas dispostas a adotá-lo. A cada casa, a cada bar, a cada parada, os dois vão revivendo e revitalizando sua amizade, que está com os dias contados e, mesmo assim, cada vez mais forte.
Trata-se de um filme carregado de emoções, mas sem pesar a mão para a dramalhão. Com a mesma facilidade que arranca risos do público, o cineasta catalão também faz escorrer lágrimas pelo rosto do mais duro espectador, algo que só é possível porque tem em mãos dois ótimos atores, cuja química é inegável.
Um belo ensaio sobre solidão, amor, amizade e despedidas, Truman é um belíssimo filme. Suas falas são precisas e seus silêncios, de apertar o coração.
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