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Tio Vanya em Nova York | Louis Malle | 1994

Foto do escritor: filmescultsfilmescults

Atualizado: 16 de abr. de 2020

O cult “Tio Vanya em Nova York” é “provavelmente a melhor adaptação para o cinema de um texto escrito pelo russo Anton Tchecov (1860-1904)”, segundo o crítico Cristian Avello Cancino, no texto que você vai ler a seguir.


CRISTIAN AVELLO CANCINO

free-lance para a Folha


O ciclo "Autores Modernos", com lugar na Cinemateca, apresenta hoje o filme "Tio Vanya em Nova York", provavelmente a melhor adaptação para o cinema de um texto escrito pelo russo Anton Tchecov (1860-1904), a quem a dramaturgia deve a criação de obras clássicas como "A Gaivota" e "Ivanov".

Esse foi o último filme de Louis Malle (1932-1995), cronista ímpar das contrariedades existenciais, que, diferentemente de seus contemporâneos de nouvelle vague, agarrava-se à intuição para criar obras. Deixando um pouco de lado sua porção cerebral, sem a pretensão de antecipar linguagens ou estatutos teóricos sobre cinema, Malle criou filmes sinceros em dramaticidade, sutis no que concerne à técnica cinematográfica. Tchecov não poderia estar em melhores mãos.

Sem que o espectador se dê conta, Malle o tira das ruas confusas de Nova York e o leva a um teatro abandonado. Lá, uma trupe se prepara para ensaiar "Tio Vanya". Durante os preparativos, os atores, que vestem jeans, usam relógios e ouvem o jazz de Joshua Redman, começam a falar sobre camponeses, lenha, vodca. Bem, é quando finalmente percebemos que estamos em uma fazenda russa ou, por outra, no cerne de uma família ou trupe às voltas com suas próprias angústias, com o tédio de uma vida frustrada.



Para assistir ao filme, clique no link abaixo: https://www.belasartesalacarte.com.br/tio-vanya-em-nova-york

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