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Em chamas | Chang-dong Lee | Coréia do Sul | 2018

Atualizado: 16 de abr. de 2020

Selecionado pela Coreia do Sul para o Oscar 2019 de Melhor Filme Estrangeiro, “Em Chamas” é um cult moderno, com trama intrigante que vai prender você do início ao fim! Baseado em um conto do escritor japonês Haruki Murakami, e com direção de Lee Chang-dong, “Em Chamas” é uma mistura fascinante de sexo, mistério, inveja e piromania. Disponível no Belas Artes À La Carte, o filme conta com um excelente trio de jovens protagonistas, além da bela fotografia de Hong Kyung-pyo e da trilha sonora de Mowg, que também têm papel fundamental na construção da atmosfera envolvente, como observa o crítico Marcelo Janot no texto que você vai ler a seguir.


Crítica: 'Em chamas'

Bonequinho aplaude sentado: 'costura com extrema habilidade os dilemas existenciais e socioeconômico de jovens sul-coreanos'

Marcelo Janot (O Globo)


No filme anterior do diretor sul-coreano Lee Chang-dong, o ótimo “Poesia” (2010), uma senhora diagnosticada com Alzheimer entra num curso de poesia quando descobre um crime praticado por seu neto. “Em chamas” traz como protagonista Jong-su, jovem aspirante a escritor. Um reencontro inesperado com a amiga de infância Hae-mi, que termina em sexo e em obsessão romântica por parte dele, poderia ser a fonte de inspiração que Jong-su precisava para começar a escrever. Mas quem demonstra ter imaginação mais fértil é Hae-mi e o playboy Ben, que ela conhece numa viagem à África.

O triângulo amoroso dá origem a um jogo de manipulação, numa trama de crescente mistério que desemboca em final explosivo. Por mais que a narrativa lenta permita que o espectador se envolva gradualmente pelos personagens, as aparências não revelam muita coisa.

A poesia, que era o cerne de seu filme anterior, está presente na maneira como Lee Chang-dong costura com extrema habilidade os dilemas existenciais e socioeconômico destes jovens sul-coreanos tão bem interpretados por Yoo Ah-In (Jong-su), Jeon Jong-seo (Hae-mi) e Steven Yeun (Ben). A magistral cena em que Hae-mi dança nua ao som de Miles Davis ao pôr do sol perto da fronteira com a Coreia do Norte é uma espécie de síntese do que o filme oferece. A fotografia de Hong Kyung-pyo e a trilha sonora de Mowg também têm papel fundamental na construção da atmosfera envolvente.

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