John Neville e Tilda Swinton em "A Confissão"
"A Confissão" (Canadá/França/Reino Unido, 2003) foi o último filme realizado pelo produtor e diretor Norman Jewison (1936-2024), que faleceu recentemente, aos 97 anos, em 20 de janeiro deste ano. Disponível no streaming À La Carte, o suspense estrelado por Michael Caine, Michael Caine e Charlotte Rampling conta a história de um ex-carrasco nazista que se torna alvo de assassinos e de investigadores da polícia.
Norman se aposentou em 2003, aos 73 anos, com mais de 20 filmes no currículo e sete indicações ao Oscar. Ele sempre foi um especialista em tirar grandes atuações de seus atores, levando 12 deles a serem indicados ao Oscar, com três vitórias: Rod Steiger, como Melhor Ator por “No Calor da Noite" (1967); Cher, como Melhor Atriz por "Feitiço da Lua" (1987); e Olympia Dukakis, como Melhor Atriz Coadjuvante também por "Feitiço da Lua".
Versátil como poucos, Norman transitou pelos mais diversos gêneros cinematográficos, com comédias, musicais e filmes de ação que se tornaram cults inesquecíveis, como você pode conferir no texto abaixo, escrito por Caio Coletti e originalmente publicado no site Omelete, na ocasião do falecimento do cineasta.
Morre Norman Jewison, diretor de Feitiço da Lua, aos 97
Cineasta canadense também assinou os musicais Jesus Cristo Superstar e Um Violinista no Telhado
Por Caio Coletti
Norman Jewison
O diretor Norman Jewison, conhecido por filmes como Feitiço da Lua, No Calor da Noite, Jesus Cristo Superstar e Um Violinista no Telhado, morreu aos 97 anos. A notícia foi confirmada pela Variety, sem citar a causa da morte.
Nascido em Toronto, no Canadá, Jewison começou sua carreira em séries infantis da BBC, no Reino Unido. Contratado mais tarde pela emissora estadunidense CBS, ele passou os anos 1950 trabalhando na TV antes de ser recrutado por Hollywood.
Em seus primeiros longas, Jewison dirigiu astros da sua época como Tony Curtis (20 Quilos de Confusão, de 1962), Doris Day e Rock Hudson (Tempero de Amor e Não me Mandem Flores, de 1963 e 1964), Steve McQueen (A Mesa do Diabo, de 1965) e Alan Arkin (Os Russos Estão Chegando! Os Russos Estão Chegando!, de 1966).
Foi com No Calor da Noite (1967), no entanto, que ele ganhou a atenção da Academia pela primeira vez. O thriller policial que aborda tensões raciais no Sul dos EUA, coestrelado por Sidney Poitier, venceu cinco Oscar (incluindo melhor filme) e rendeu a primeira indicação para Jewison como diretor.
O cineasta foi lembrado outras duas vezes na categoria, pelo musical Um Violinista no Telhado (1971) e pela comédia romântica Feitiço da Lua (1987), além de ter recebido indicações como produtor por ambos os longas e por A História de um Soldado (1984).
Jewison nunca venceu um Oscar competitivo, mas foi premiado com o honorário Inving G. Thalberg Award em 1999. Ganhou também o Urso de Prata em Berlim por Feitiço da Lua, e foi indicado ao Emmy pelo telefilme Jantar Com Amigos (2001).
Entre os outros títulos de destaque na filmografia do canadense estão Crown, o Magnífico (1968), Rollerball: Os Gladiadores do Futuro (1975), Justiça Para Todos (1979), Hurricane, O Furacão (1999) e A Confissão (2003), seu último longa-metragem.
Jewison deixa a esposa, Lynne St. David, três filhos e cinco netos.
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